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Nódulo de Tireóide – o que fazer? Novas técnicas; Novos Conceitos...

Novos Métodos Diagnósticos – Punção de nódulos com marcadores genéticos para câncer



A tireóide é uma das glândulas mais importantes de nosso corpo, com seus 15 a 20 gramas de peso e localizada na região do pescoço, na porção anterior e inferior, facilmente palpável pelo profissional experiente; que por seu aspecto e função, teve seu nome derivado do grego: thyreos = escudo e eidos = forma (formato de escudo). Muitos a descrevem como semelhante a uma “borboleta” no pescoço. Trata-se de um pequeno órgão responsável por manter o perfeito equilíbrio das funções corporais, responsável em grande parte pelo nosso metabolismo basal, daí a importância do diagnóstico de suas disfunções que podem afetar os vários outros sistemas de nosso organismo (coração, colesterol, fígado, ossos, peso etc...).


Percebemos atualmente, um número excessivo de exames diagnósticos, especialmente o ultrassom, que é solicitado por diversos outros especialistas não endocrinologistas, durante os famosos exames de “check-up”; o que tem aumentado cada vez mais o diagnóstico de nódulos de tireóide, levando a novos e excessivos procedimentos de punção biópsia e cirurgias, muitas vezes dispensadas, uma vez que a grande maioria dos nódulos serão benignos ao final.


Por isso, a avaliação dos nódulos deve ser realizada por um especialista em doenças da tireóide, o Médico Endocrinologista, para avaliar os dados clínicos e fatores de risco do paciente para casos malignos, analisar os parâmetros corretos da ultrassonografia (Fig.1) e, com isso, definir a necessidade ou não de seguir a investigação com o exame de Punção Aspirativa com Agulha Fina (PAAF).


Diversos estudos hoje, demonstram a importância da análise correta dos dados do ultrassom de tireóide, avaliando o tamanho do nódulo e suas características, para definir o acompanhamento ideal para cada indivíduo.


Diante do resultado da PAAF, o Endocrinologista poderá definir pelo controle apenas por método de imagem (nódulos benignos, que representam a grande maioria, de 90 a 95% dos casos), ou seguir para novos exames e até a cirurgia tireoidiana. Por isso, a integração com serviços especializados em medicina nuclear e cirurgia de cabeça e pescoço são de grande importância nessa fase do tratamento, para se obter os melhores resultados para cada indivíduo.



 

Novos Métodos Diagnósticos – Punção de nódulos com marcadores genéticos para câncer


A incidência do câncer de tireóide vem crescendo nos últimos anos, sendo que representa o tumor endócrino mais frequente em nosso meio.


A suspeita de câncer é feita após a descoberta de um nódulo na tireóide e da história familiar positiva para câncer e/ou nódulo em parentes de 1o grau. Conforme os achados do ultrassom e resultados da PAAF, a indicação cirúrgica pode ser o melhor método diagnóstico e terapêutico a se realizar.


No entanto, é muito importante lembrar que exame de punção não é 100% preciso, existindo os casos de falso-positivo (casos que se pareciam ser câncer e que não são confirmados após a cirurgia), que respondem por 2 a 6% dos casos, em geral, nos maiores centros do mundo, como a Mayo Clinic, resultados semelhantes aos nossos encontrados no HC-UNICAMP (ref.)


Um dos resultados mais intrigantes nessa avaliação está no resultado de “lesão folicular” ou “lesão indeterminada (Bethesda III ou IV),” ; Neste caso a cirurgia pode ser indicada tanto com a finalidade diagnóstica quanto como terapêutica, sendo que cerca de 75% dos casos operados poderiam ser evitados se tivéssemos métodos mais precisos de diagnósticos nessa etapa da investigação.


Atualmente, nosso grupo na UNICAMP, vem ampliando esforços na compreensão de fatores de risco de malignidade nesse grupo específico de casos duvidosos (“lesões indeterminadas e/ou foliculares”), através de estudos com o impacto do ultrassom nesses indivíduos, conforme dados apresentados no congressos Internacional de tireóide, em Paris (França, 2010) e publicados em revistas internacionais importantes da especialidade.


Atualmente, o emprego de técnicas modernas de imuno-citoquímica do material da punção de PAAF, com análise de marcadores genéticos como Galectina-3 (Gal-3), BRAF, citoqueratina (CK-19), Hbme1, especialmente, vem mostrando importante aumento da capacidade de identificação de lesões indeterminadas que são realmente malignas (“acurácia diagnóstica”), permitindo indicar a cirurgia de forma mais consistente para esse grupo de pacientes. Alguns desses métodos ainda estão em fase de experimentação e carecem de mais padronização para amplo uso na prática clínica.


Portanto, somente a avaliação detalhada pelo Endocrinologista, com experiência nas doenças da Tireóide, será capaz de julgar cada caso, identificando os riscos clínicos, de imagem (ultrassom), de citologia (resultado de PAAF) e em conjunto com essas novas informações por imuno-citoquímica, definir o melhor tratamento para cada paciente (cirurgia ou acompanhamento clínico).


Conclusão: É muito importante que se faça o diagnóstico correto das doenças tireoidianas procurando um médico especialista da área, seja para tratamentos com medicações e/ou radiação (distúrbios funcionais, como tireoidites, hipo ou hipertireoidismo), ou lesões estruturais (nódulos e suspeita de câncer de tireóide).



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Leitura recomendada:

  • Maia, Frederico F R ; ZANTUT-WITTIMMAN, D. E. . THYROID NODULE MANAGEMENT: CLINICAL, ULTRASOUND AND CYTOPATHOLOGICAL PARAMETERS TO PREDICT THE MALIGNANCY. Clinics (USP. Impresso), 2012.

  • Maia, Frederico FR, Matos PS, Pavin EJ, Vassallo J, Zantut-Wittmann DE. Value of Ultrasound and Cytological Classification System to Predict The Malignancy of Thyroid Nodules with Indeterminate Cytology. Endocr Pathol. 2011; 22: 66-73.

  • Kim SW, In Lee J, Kim JW, Ki CS, Oh YL, Choi YL, et al. BRAFV600E Mutation Analysis in Fine-Needle Aspiration Cytology Specimens for Evaluation of Thyroid Nodule: A Large Series in a BRAFV600E-Prevalent Population. J Clin Endocrinol Metab. 2010; 95: 3693-3700.

  • Fadda G, Rossi ED, Raffaelli M, Pontecorvi A, Sioletic S, Morassi F,et al. Follicular thyroid neoplasms can be classified as low- and high-risk according to HBME-1 and Galectin-3 expression on liquid-based fine-needle cytology. Eur J Endocrinol. 2011; 165: 447-453.

 

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