


Bomba de Insulina – O que, para quem e quando?
O que é?
A bomba de insulina é um equipamento de infusão contínua de insulina de ação ultra-rápida (Lispro / Aspart / Glulisina), por via subcutânea. Ela permite a programação de um esquema basal de insulina (dose contínua entre refeições e durante o sono) associado ao bólus (picos de insulina durante as refeições e correções necessárias), permitindo a liberação contínua de insulina no organismo de maneira mais fisiológica. Em seu interior encontramos uma pequena seringa, que armazena a insulina. Essa insulina é infundida durante as 24 horas do dia, através de um tubinho, que possui uma agulha de teflon na ponta, para ser introduzida no subcutâneo. Essa agulha deve ser trocada a cada três dias, um procedimento facilitado pelos aplicadores e realizado pelo próprio paciente (figura 1) e todo o conjunto (chamado “conjunto de infusão”), a cada 6 a 7 dias, em geral. A aplicação de insulina é feita na coxa ou no abdome em geral.
A insulina é então introduzida no corpo tentando “imitar” as necessidades do organismo, com base nos valores da glicemia (ponta de dedo) e na quantidade de alimento (carboidratos) ingerido. A bomba de insulina não mede a glicemia ou diz o quanto de insulina deve ser usada. A leitura da glicemia permanece sendo realizada através do glicosímetro. E a decisão sobre a infusão de uma quantidade de insulina (bolus) numa refeição por exemplo, ou quando a glicose está alta, depende de decisão do usuário, que é treinado para isso. As bombas de insulina mais modernas já trazem recursos que facilitam esses cálculos, sendo capazes de sugerir as doses adequadas de correção com base na glicose informada pelo paciente (sempre pelo Glicosímetro) e sua relação com a alimentação; esse treinamento é resultado do trabalho conjunto do médico e da nutricionistas para se estabelecer tais parâmetros de controle e tratamento.
É importante a avaliação de uma nutricionista para orientação dos pacientes quanto a contagem de carboidratos, ensinando a importância de uma alimentação saudável e o número de carboidratos de cada alimento. Através deste número os pacientes irão aplicar o bólus de insulina antes de cada refeição, na busca de um controle mais adequado da glicemia.
Para quem e quando?
Para a implantação da "bombinha" o paciente deve se enquadrar nos seguintes critérios clínicos:
*controle inadequado da glicemia, mesmo com ajustes frequentes de doses e monitorização glicêmica;
*hipoglicemias frequentes / fenômeno do alvorecer;
*dificuldade de controle noturno da glicemia;
*presença de gastroparesia;
*mulheres diabéticas que desejam engravidar e/ou estejam gestantes;
*conforto do paciente e desejo de maior controle.
Além de preencher os critérios clínicos, o paciente deve se enquadrar no PERFIL adequado para usuários de bomba de insulina:
• Estar disposto a passar ao processo de educação em diabetes (importância da alimentação, exercício, cuidados com a insulina e controle das hipoglicemias, manuseio dos equipamentos);
• Saber que usará o equipamento durante as 24 horas do dia junto ao seu corpo; (com restritos períodos, como banho e piscina);
• Realizar medidas constantes de glicemia (de 4 a 8x dia); podendo medir mais vezes nas fases de ajuste inicial do tratamento;
• Contato contínuo e frequente com a equipe responsável pela bomba (enfermagem, nutrição e médico).
• Ter consciência real do tratamento: expectativa vs. resultados
O uso da TBI está associado a uma melhora do controle metabólico, redução da dose de insulina diária e não influi no peso do paciente, além de se verificar uma menor taxa de hipoglicemias graves, cetoacidose e complicações técnicas.
A bomba de infusão é uma forma alternativa de tratamento e requer especialistas e locais adaptados à técnica. Quando decidido pela TBI, entre em contato com o fabricante para conhecer melhor os produtos oferecidos. A bomba de insulina vem se mostrando um método de alta eficácia no controle metabólico, com maior comodidade, precisão de dose, discrição no uso e segurança, amplamente aceito pelos pacientes.