Quase diariamente vejo no consultório pacientes jovens, com histórico de uso de pílula há vários anos, chegam com a queixa de fadiga crônica, cansaço e indisposição, sono inadequado, baixa de libido intensa, sem vitalidade, e com ganho de massa gorda localizada, e baixo rendimento na academia, aliados a uma dieta de baixo consumo proteico e os “docinhos da TPM”...

 

Na avaliação da bioimpedância, verificamos uma composição corporal com peso até abaixo do normal (IMC 18.7 kg/m2; normal de 19-24,5); porém com alto teor de gordura (BF 30%, ideal: 15-25%) e baixa massa magra (déficit de +4 kg em músculo), aliados a treinos de baixa intensidade, aeróbios contínuos e de baixo impacto, de longa duração e o clássico “academia não gosto”! Filhinha, acredite: não vai ser na esteira por 1h15 que você vai mudar esse cenário!!!

 

Nos exames da paciente, detectamos um aumento excessivo dos níveis de SHBG, levando ao déficit de testosterona livre circulante no organismo (Fig.2). Claro que o stress intenso (cortisol elevado), trabalho extenuante, filhas para cuidar, e alimentação inadequada devem ser corrigidos e adaptados em uma nova rotina saudável e equilibrada, uma vez que esse quadro proporciona aumento dos níveis de cortisol e baixa testosterona, equação inadequada para qualquer ganho de massa magra!