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Glúten e Tireóide, o que você precisa saber? – Parte I

O que é? Como Diagnosticar e Tratar?

A Doença Celíaca (DC) é um quadro de natureza autoimune, causada pela intolerância permanente ao glúten - principal fração proteica presente no trigo, centeio, cevada e aveia. É caracterizada por uma reação inflamatória intensa na mucosa intestinal, mediada por linfócitos T e interleucinas (IL-5), em indivíduos geneticamente predispostos; culminando com hipotrofia e até atrofia das vilosidades intestinais, e consequente má absorção de nutrientes, associada a desconforto abdominal, diarreias crônicas e perda de peso.

 

Estima-se que 0.75 a 1% da população americana, assim como de SP (1 de 100-200 indivíduos) seja acometida por esse quadro, que leva a uma má absorção de nutrientes importantes ao organismo, podendo acarretar sérias consequências no crescimento e desenvolvimento das crianças, como deficiência de Ferro, Vit. B12, Vit. D e intolerância parcial a lactose, que devem ser identificadas e tratadas pela equipe médica.

 

A maior incidência ocorre em crianças de 6 meses a 5 anos, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. O diagnóstico em parentes de 1o grau e indivíduos sintomáticos é fundamental.

 

Manifestações clínicas:

  • Forma Clássica: diarreia crônica, distensão abdominal e perda de peso. O paciente também pode apresentar redução do tecido celular subcutâneo, falta de apetite, alteração de humor, vômitos e anemia.

  • Forma Atípica: quadro pouco sintomático (oligossintomático), com poucas manifestações digestivas. Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia por deficiência de ferro e/ou vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, ataxia, neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas - depressão, autismo, esquizofrenia -, úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.

  • Forma Silenciosa: alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausência de manifestações clínicas.

 

QUANDO PESQUISAR? COMO DIAGNOSTICAR?

O diagnóstico da DC é um diagnóstico MÉDICO. Indivíduos com sintomas clássicos gastrointestinais e / ou oligossintomáticos com histórico clínico de alto risco devem ser pesquisados com marcadores sorológicos e posterior pesquisa com biopsia intestinal por endoscopia digestiva alta (EDA).

 

Os três principais testes sorológicos para a detecção da intolerância ao glúten são: anticorpo antigliadina, anticorpo antiendomísio e anticorpo antitransglutaminase, com altas taxas de sensibilidade e especificidade, e alta acurácia no diagnóstico clínico.

Dr Frederico F. R. Maia, PhD.  Tel: 11.3885-9906

CRM-SP 135.915
Doutor & Mestre em Clínica Médica (Endocrinologia) pela UNICAMP 
Endocrinologista - Especialista Titular pela SBEM 
Hospital Israelita Albert Einstein - Corpo clínico 

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